
Boa noite meus amigos blogueiros!
Hoje quero falar um pouco de mim.
Um dos maiores sofrimentos que passei
em minha vida foi à ida do meu filho mais velho
para estudar nos Estados Unidos exatamente em Santa Bárbara na Califórnia.
Ele estava com 18 anos, um filho muito querido e amado,
o meu melhor amigo, em quem mais confiava e
confidenciava minhas amarguras, decepções, alegrias e realizações,
quando chegou de mansinho e me pediu para que eu
patrocinasse uma viagem ao exterior para que ele pudesse dominar seu inglês.
Estava cursando faculdade e disse que trancaria a matrícula apenas por um ano.
Concordei e com o coração nas mãos...
Despedi dele no aeroporto, no dia 24 de agosto de 1991,
sem imaginar que o estava perdendo para os americanos.
Durante este ano sofri muito com a ausência dele, me fez muita falta!
Quando se aproximava o final do ano, ele,
sem me preparar para tal, comunicou-me que terminara
o curso e que iria morar na Flórida com meu irmão
que o convidara e que iria trabalhar por lá e não voltaria mais.
Faltou-me o chão nesse dia e a partir daí nunca mais fui a mesma!
Cinco meses depois, em seu aniversário fomos, eu e meu marido,
visita-lo em Miami, onde, ele meu filhinho amado, mimado e
que tinha tudo, era um garçom no Golfe Clube de lá,
eu não aceitava ser isso normal, como diziam seus amigos e
cada vez menos entendia, como que um filho que tinha tudo:
seu próprio carro, seu dormitório completo, com seus vídeos-games, sua TV, seu PC, seu banheiro privativo, etc...
Podia trocar tudo isso para ser um garçom num lugar de gente tão diferente e estranha.
Só fui aceitar, principalmente a ausência dele em nossa casa, 10 anos depois,
quando resolvi que seu quarto seria desmontado e
que ele já não fazia mais parte do nosso espaço, de nossa casa.
Lá ele estudou, se formou e se fez, com o próprio esforço, segundo suas palavras!
Quando já estava bem, voltou para a Califórnia,
onde trabalha e reside até hoje, 19 anos depois, ele está com 38 anos.
Trabalha em Hollywood, onde é produtor e editor de vídeo,
tem sua própria casa, fala três línguas, tem sua banda de rock,
toca todos os instrumentos musicais como guitarra, baixo, bateria,
violão, teclado e ainda compõe as musicas da banda,
é também o vocalista da mesma, trabalha na Produtora durante
a semana e nos finais se apresenta em barzinhos e boates com sua banda.
Não se casou, morou um tempo com uma brasileira,
depois com uma americana, uma outra que não me lembro a nacionalidade e,
hoje mora sozinho com seus três cães Pit Bulls.
Todos os anos, quando ele não vem, eu vou visitá-lo, o que é difícil, em todo esse tempo só fui três vezes e, agora no final do ano irei novamente.
Este meu relato é um desabafo, pois na verdade,
ainda não me acostumei sem meu filho, apesar de ter mais três aqui comigo.
Para terem uma idéia da minha revolta, nunca aceitei nem falar a língua deles, esses americanos que tomaram meu filho.
Ele diz que nunca mais morará no Brasil, que não acostuma aqui e que ama aquele país!
Essa foi e, é sem dúvida, a maior tristeza da minha vida!
Abraços e obrigada a todos por compartilharem um pouco da minha vida!
Gena
Marília – 06/1109 –
21:59 Horas